Imagens de satélite mostram que a Venezuela reforçou sua presença militar perto da fronteira com a Guiana, apesar de o governo de Nicolás Maduro ter dito que procuraria meios diplomáticos para tentar resolver a histórica disputa territorial com o país vizinho sobre a região Essequibo.
As imagens de Maxar, coletadas em janeiro, mostram expansão das operações na base militar da ilha venezuelana de Anacoco, no rio Cuyuni, que faz fronteira com a Guiana, com trechos de floresta tropical recentemente desmatados e outros arrasados.
As fotografias revelam ainda novas infraestruturas e diversos veículos blindados presentes no local.
Embora a pista de pouso pareça não ter alterações, um helicóptero pôde ser avistado, assim como melhoria nas estradas de o.
Ao norte da base, na travessia do rio Cuyuni, que dá o terrestre ao local, uma pesada balsa fluvial é visível, e grandes extensões de floresta tropical foram desmatadas.
De um lado da estrada, existem grandes reservas do que parecem ser materiais de construção, bem como três veículos blindados.
Em janeiro, a Venezuela tinha comentado sobre expandir a presença militar na região em vídeos de propaganda transmitidos nas contas do seu Exército nas redes sociais, mostrando escavadoras limpando terreno, bem como tanques leves e veículos de combate de infantaria em movimento e um helicóptero de transporte militar Mi-17.
“[A expansão da base] promovida pela 11ª Brigada Blindada em conjunto com o Corpo de Engenheiros do 6º Exército da Venezuela está melhorando o sistema de resposta da FANB nesta importante área fronteiriça com o estado da Guiana Esequiba e repelindo qualquer eventualidade que ataque o República”, afirmou o Exército venezuelano em publicação no X, anteriormente conhecido como Twitter.
A expansão das operações venezuelanas ao longo da fronteira foi relatada pela primeira vez pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington.
O reforço militar ocorre apesar de a Venezuela ter chegado a um acordo com a Guiana, em 15 de dezembro, para evitar uma escalada e tentar resolver a disputa entre os dois países sem o uso da força.
Em declaração conjunta, ambos os lados concordaram “em não ameaçar ou usar a força um contra o outro sob quaisquer circunstâncias” e em “abster-se, seja em palavras ou em atos, de escalar qualquer conflito ou desacordo decorrente de qualquer disputa entre eles”.
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Fonte : CNN BRASIL