Com planejamento, ser motorista de aplicativo pode valer a pena

Saiba quais aspectos precisam ser analisados e calculados para garantir rentabilidade

Nathani
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Foto: Freepik

Em momentos de desemprego, insatisfação profissional e busca por fontes alternativas de renda, dirigir carros de aplicativo se tornou uma opção para muitos trabalhadores brasileiros. Dados da Uber revelam que o Brasil é o país com o maior número de motoristas parceiros registrados no mundo: 1,4 milhão.

Com a crescente demanda por serviços de transporte por aplicativo, muitos profissionais encontram na atividade uma alternativa viável para obter renda. Um levantamento da startup GigU revelou que quem dirige carro para aplicativo em São Paulo consegue obter um faturamento anual médio de R$ 102,8 mil para uma jornada de 60 horas por semana.

O estudo traz, no entanto, um alerta sobre os custos operacionais, como combustível e manutenção. Este é um aspecto destacado por especialistas da área de finanças, que reforçam a necessidade de adotar estratégias que minimizem custos e maximizem ganhos. Com atenção a esses detalhes, ser motorista de aplicativo pode valer a pena e ajudar a garantir a estabilidade financeira.

Como se organizar para atuar como motorista de aplicativo

De acordo com a Uber, 125 milhões de brasileiros já utilizaram o transporte por aplicativo, pelo menos, uma vez, o que corresponde a 80% da população adulta do país. Por isso, atuar como motorista nesse ramo é considerado uma oportunidade rentável.

Mas para garantir os ganhos de quem dirige veículo de aplicativo, é preciso atenção a alguns detalhes. Seja atuando nessa área ou em outras, a Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) aponta que é necessário saber equilibrar os gastos para ter uma boa saúde financeira.

Os brasileiros que conseguem controlar os gastos, conforme a associação, estão mais perto de realizar sonhos e objetivos. No caso dos motoristas de aplicativo, além de se atentarem às despesas que atuar na área traz, é necessário ter atenção a fatores que podem potencializar os lucros.

De acordo com a Serasa, quem trabalha nesse ramo deve colocar na ponta do lápis todas as despesas, desde os custos óbvios até os menos perceptíveis, como a depreciação do veículo. Entre os gastos mais comuns do motorista de aplicativo estão: combustível, manutenção do veículo, limpeza e higienização, seguro, taxas da plataforma, celular e dados móveis para usar o aplicativo de transporte e aceitar corridas, impostos como MEI e eventual uso de estacionamento e pedágios.

Aqueles que não têm automóvel próprio podem optar pelo aluguel de veículos. É possível encontrar carro para Uber em Porto Alegre e outras cidades do país, o que pode representar uma economia de custos em comparação com parcelas de financiamento dos veículos.

Fatores que podem potencializar a renda

Além de equilibrar as despesas, outra forma de potencializar a renda é considerar alguns fatores estratégicos. A Serasa explica que a demanda por corridas pode variar conforme a cidade e que, dependendo do local, o motorista pode encontrar trajetos mais rentáveis.

Locais com maior demanda e dinâmica intensa tendem a oferecer tarifas mais altas, enquanto áreas com pouca movimentação podem não ser tão lucrativas. Além da região, outro fator que pode ser determinante é o horário.

Isso porque os períodos de pico podem oferecer valores mais altos e maior volume de chamadas. A Serasa alerta, no entanto, para o lado negativo causado por possíveis engarrafamentos e estresse no trânsito.

Nos horários da manhã, principalmente entre 6h e 9h, os motoristas podem encontrar boas corridas de pessoas indo para o trabalho ou escola. O mesmo acontece no fim da tarde, entre 17h e 20h, quando normalmente é a hora de voltar para casa.

Aqueles que preferem o trabalho noturno podem encontrar corridas frequentes e com tarifas altas próximo a regiões de bares, restaurantes, estádios e casas de show. Tendo essas questões em vista, a Serasa destaca que é importante ter estratégias para rodar com o aplicativo.

Sair dirigindo o dia todo para acumular corridas pode não trazer o retorno esperado. A recomendação é traçar uma rota, escolhendo regiões e horários para maximizar os ganhos ao mesmo tempo que minimiza os gastos e o tempo parado no trânsito.

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